segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Um dia para sempre

Acordando, tento não pensar no que aconteceu (porém isso era inevitável);
Levantando, percebo que tenho que pensar e tenho que orar (não estava se sentindo à vontade);
Arrumando, comendo, falo com o Papai, peço perdão e agradeço pelo dia (seu coração estava se tornando mais sensível);
Saindo, indo para Sua casa, sinto medo e ansiedade (porém com a expectativa de que Ele tocasse o seu coração);
Chegando, encontrando pessoas, tive contato com o Seu amor e com o Seu cuidado (ela estava se sentindo como uma criança que volta arrependida para o pai);
Entrando, cumprimentando, vejo que meu lugar de todo domingo de manhã seria mudado (porém não se importava, sabia que seria tocada a qualquer momento);
Permanecendo, escutando, relembrei do meu renascimento e das origens que se deu todo o pecado (ela sabia que, com isso, lembraria sempre do Sacrifício e assim teve vontade de honrá-lo a cada dia);
Orando, abraçando, conversando, tenho contato com amizades importantes para mim, me sinto bem (ela se lembra de buscar a santidade para suas orações terem mais poder);
Subindo, conversando, sentando, vejo pessoas importantes, pessoas felizes ou talvez querendo (ela sente vontade de cuidá-las, de orar por elas e de ajudá-las - o amor que nela habita);
Olhando, procurando, onde ele está? (ela tenta não se preocupar e continua a conversar);
Conversando, de repente ele aparece e logo depois desaparece (ela não sabe como ele está se sentindo, quase ficou aflita, mas decidiu esquecer isso);
Começando, novamente o Sacrifício é lembrado (ah, ela não vê o momento de participar da celebração!);
Cantando, ouvindo, orando, sinto cada vez mais o amor dEle, cada vez mais sendo cuidada e amada por Ele e por pessoas que estão com Ele (ah, esse amor ela quer pra vida inteira! Quer sim!);
Finalizando, converso com minha querida mãezinha, irmã em Cristo, minha fiel amiga (ela cumpre com o compromisso);
Procurando, buscando, de repente alguém me pede desculpas por ter sumido... (ela não se preocupa com isso, mas acha fofo seu pedido de desculpas por algo tão pequeno);
Conversando, pergunto se ele está bem e recebo uma resposta afirmativa (preocupada, sempre disposta a abraçá-lo, mesmo que seja por palavras ou pelo olhar);
Conversando, ainda, decidindo coisas, vejo que apesar de tudo o amor permanece, o carinho aumenta e a certeza é firmada cada vez mais fundo no meu coração (ela tem O amor e ela o ama, ela o ama... )
Deixando Sua casa, porém ainda em Sua presença, como toda manhã de domingo, me sinto renovada, amada, cuidada... (todos os dias deviam ser como os domingos...);
Chegando em seu lar, uma comida diferente, eu agradeci, nós oramos em família (ah, ela sabe que as coisas vão melhorar, ela sabe);
Entardecendo, recebo uma notícia ruim, algo que não sei como outras pessoas vão se sentir com isso e uma boa, com a certeza de que o dia vai ser especial ... (porém ela ainda se preocupa, ela se preocupa);
Anoitecendo, me preparo novamente para Sua casa, me arrumo e vou (ela se sente segura, as pessoas percebem isso pela sua roupa e seu jeito);
Chegando e entrando novamente, encontro minha irmãzinha e vou falar com ela... (ela sente a tristeza em seus olhos);
Começando o culto, nós nos sentamos e aguardamos pela notícia boa... oramos, oramos agradecidas (ela pede pro Papai tocar o coração de sua irmãzinha e melhorá-la);
Acontecendo, a boa notícia chega, a menina é tão fofa e me transmite tanta bondade e paz que tenho medo de machucá-la... (elas ficam bobas com a menina-bonequinha);
Cantando, sinto algo que nunca senti antes com tanta intensidade. Adorei, adorei com todo o meu coração. Senti, fui amada, fui cuidada da melhor forma possível. (ela estava feliz, estava em sua plenitude e paz, ela poderia passar o dia todo assim...);
Orando, orando, minha irmãzinha sumiu, fiquei preocupada e fui atrás... (ela se preocupa, não sabe o que aconteceu, mas apenas ora e pede para a melhora dela - Papai, cuida dela);
Retornando, senta em seu lugar sem a sua irmãzinha, mas sabe que ela se sente melhor com a mamãe dela... ai, Deus, cuida dela... (ela não sabe como agir, mas confia em quem sabe tudo);
Finalizando, despedida e abraços, minha irmãzinha consegue mesmo assim ainda se despedir, porém ainda com a aflição no coração, o sufoco... (ela não vê a hora de ver o sorriso novamente, de ver o olhar despreocupado e apenas atencioso);
Voltando para seu lar, o jovem Rapaz me acompanha, aperta minha mão... por vezes paramos para nos abraçarmos... ah, pedidos de desculpas... tão fofo (ela o ama, ela o ama... ela se sente em uma eterna dança ao lado dele);
Entrando em casa, vejo minha mãe um pouco aflita e incomodada, porém sem deixar a hospitalidade de lado ela nos serve comida com tempero de amor... (ela se preocupa com a mãezinha, quer ajudá-la e quer sentir seu coração tranquilo);
Acabando a comida, não sei o que viria a seguir, estava apenas olhando com todo o amor que há em mim para a pessoa mais fofa do mundo (ah, ela ama, ela ama!);
Chegando, amigos aparecem para conhecer minha mamãe. Ah, conversamos, rimos, a menina-bonequinha tão fofa... um casal que você vê de longe que são três no relacionamento... (ela se sente bem, ela se sente feliz e orgulhosa);
Retornando, admirando seu amado, sentindo o cheiro, tocando os cachos, olhando os olhos, apertando a bochecha... (tanto amor, tanto amor que ela não sabe onde encaixar, não sabe se suporta...);
Abraçando, parados, olhando um para o outro, sem fazer mais nada, apenas admiração, dando espaço pro mais puro amor... (ela não sabe quanto tempo passou...)
Despedindo-se, finalizando com um beijo de despedida no portão e com uma oração... (não há espaço para ela, apenas para ele em seu coração... como é bom amá-lo, como é bom ele saber disso, como é bom ter a oportunidade de demonstrar isso...);
Novamente ela não sabe quanto tempo se passou e nem se importa com isso.
O jovem Rapaz se foi, porém ainda permanece em seu coração com tal ternura e encanto, que todos os dias se renovam.
Seu coração se sente sufocado de tanto amor, porém ainda sente como se expandisse cada vez mais para dar espaço... porém nenhum espaço é suficiente para tanto amor.
Ela se deitou com a certeza de que todos os dias seriam melhores do que aquele, com a certeza de que amou do jeito certo, do jeito que ele merece... Ela quer ajudá-lo, quer amá-lo, quer ser a companheira mais fiel e a melhor pessoa possível para ele, porque ele merece o melhor dela.

Amor esse que ela agradece todos os dias para o seu Papai que fez tornar tudo isso possível.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Suspiro

Nada acontece
Nada atinge
O ciclo se completa e recomeça
O desprezo aumenta
As palavras somem
E o sentido delas também....

domingo, 26 de setembro de 2010

Buraco negro

Para tentar me expressar vou até o fundo do meu sentimento, tentando sentí-lo o máximo que eu puder para poder entendê-lo e passá-lo a uma língua que todos entendam, mas, ah, como isso é difícil!

Imagine-se em um lugar escuro.
Vazio eu não sei se é, pois não existe luz para saber, mas a sensação é exatamente essa: de que não existe mais nada além de você.
E nada, nada pode te fazer sentir que esse vazio não existe...
Esse vazio, preenchido por inexistência, é um infinito de nada misturado com um som contínuo, sem modificações. Como se o grito de dor e o silêncio da não-ação estivessem ao mesmo nível.
Você sente que nada acontece, nada muda...
Sente que seu olhar está direcionado para um local tão distante, tão fundo que talvez ele nem exista...
Expressão vazia, quase que um robô melancólico.
Nada do que acontece faz sentido e tudo o que acontece não faz sentido, fazendo assim um sentido do não-sentir, que não há sentido algum.
Tudo o que há no externo não entra, seja por medo ou por retração.
Tudo o que entra é consumido pela escuridão e então não se sabe mais se está guardado ou se sumiu.
Não sei se sentir do todo ou o não-sentir é o nada ou o tudo.
Incógnita para quem vive, para quem vê, para quem ama e para quem se importa.
Um completo estado mórbido, onde vivo nada existe...
A sensação é de morte, mas enquanto há motivos para essa morte, ela não descansa, ela não faz o seu papel de morrer.
Os motivos, só que opostos, dessa morte também são os de vida, o que ainda assim não deixa de ser os próprios motivos de morte os que não te deixam morrer, que não te deixam desfalecer no completo vazio.
O vazio que se sente em uma multidão... tanta gente e ao mesmo tempo ninguém.
O vazio que se sente sozinho... onde você existe e ao mesmo tempo ninguém.
Vazio esse tão enorme, tão maior que você, que te engole, te sufoca, que sussurra em seu ouvido "Isso é difícil demais".
Vazio esse que não deveria ser meu e de mais nenhum outro.
Vazio que não se compartilha.
O único vazio que é tão cheio como nenhum outro recheio.
Vazio que se sente em meio ao desespero, como uma espécie de fuga.
Algo nem um pouco saudável, nem um pouco admirável.
O vazio errado, se é que existe um certo.
O vazio que mesmo sem sentí-lo ele permanece atrás de você, como sombra, toda hora pedindo para entrar.
Vazio que se abraça em momentos de medo, fraqueza e angústia, denunciando sua própria incapacidade.
Vazio que te puxa, que te destrói, mesmo estando tudo intacto.
Vazio que te mata todos os dias só por lembrar a você que ainda permanece vivo...

sábado, 18 de setembro de 2010

É TPM, Diana!

"Estou sentindo minhas forças indo embora
(...)
Vem. E me leva além."

O que há com ela? - todos se perguntam.
"Anima, anima" - todos falam.
Por que esse olhar vazio?
Bem, talvez seja a forma de expressar-se...
Expressar o quê?
"Por que estou assim, se sou verdadeiramente feliz?" - ela pensa.
Não, não é nada exterior, por isso ninguém precisa saber.
É algo interno, que só ela entende.
Algo único, mas não que não tenham passado por isso...
Na verdade, todos passam, todos já passaram e todos vão passar.
Normal.
Essa é a sua prova. A prova mais importante até agora.
Prova? Sei que ela deve passar, mas com que fim?
É o tipo de prova que se aprende depois que passa.
Esse é o momento. Ela só precisa escolher entre dizer "chega" agora e completar a prova, ou então ir até o fim, até o fundo.
E ela responde - escolho o que Deus quiser.


O que ele quer?
Não sinto a resposta, mas sinto o trabalho.
Trabalho?
Não sei como será o meu dia de amanhã e nem os outros dias.
Coisas novas e coisas antigas podem me atormentar.
Minha visão de futuro, passado e presente está embaçada.
Estou em uma neblina.
Essa é a sua prova?
Como saber?
Desculpa.
Mas... você não tem ninguém pra te ajudar?
Tenho sim.
Por que ele não ajuda?
Eu tenho que pedir.
Você já pediu?
Todos os dias. Agora, mais ainda.
Mas... que tipo de ajuda você quer?
...
Nossa! Está tão fora do mundo assim, menina? A ponto de não saber nem o que quer que aconteça?!
Posso tentar...Bem, internamente falando, desejo me entender.
Só isso?!
Calma.
Desculpa.
Desejo também... Não sei, desejo apenas o que Ele quer pra minha vida.
Você não quer nada pra sua vida?
Eu quero o que Ele quer.
E por que se sente incomodada com isso, se já escolheu o que quer? Não parece que realmente quer isso!
Não é isso! Eu quero! Só que, por não saber o que é, eu fico ansiosa e inquieta.
PODE PARAR! ESTÁ ERRADO! Se você diz que QUER o que Ele quer você não pode ter esses sentimentos! Não pode!
Eu sei. Engraçado... Antes, meus conflitos eram externos... Agora são totalmente internos e por isso não entendo.
Será que é só isso o que você sente?
Não sei, eu não sei... Internamente falando? Bem, eu sinto muitas outras coisas... Não sei, não parece que estou fazendo alguma coisa... Os dias estão passando muito rápido... Por mais que eu faça tudo, eu não vou estar fazendo nada. Parece que estou pairando sobre o mundo.
Isso é perigoso, menina!
Pois é...
Você acredita que Deus quer o melhor pra sua vida?
Sim.
Então deixa ele trabalhar!
Como posso impedir isso?
Com os seus medos!
....
Ansiedade, medos, tristezas, preocupações...
É, eu sei... Como posso não sentir tudo isso?
Substitua por coisas boas, assim quando você sentir algo ruim chegando... Como um teste.
Ok.
Não sei se isso vai ser o suficiente, mas se não for, converse com Ele. Sempre.
Sim, mais e mais.
E fique sempre alegre.
Tentarei. Sabe, quanto mais busco por forças, mas eu me sinto fraca.
Ah, então está aí o seu problema! Como eu temia, conflitos externos alterando SIM o seu interno.
Será? Ah... É...
Não se preocupe, não fique triste, apenas busque por Ele. Peça ajuda. Declare sua dependência, sua fraqueza, sua natureza humana. Peça por forças, peça por entendimento e não fique, jamais, ansiosa, com medos, preocupada e etc.


Mas, qual o tema dessa prova?
Ela não sabe.
Vai ser a última?
Ela não sabe, mas provavelmente não.
O que virá de ruim?
Não importa.
O que virá de bom?
O impossível.


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

2010: renascimento - parte dois

Eu sei que muitos estavam ansiosos pela continuação e eu sei que eu demorei, mas felizmente isso não significa que eu abandonei! AE!

Continuando, eu estava lá, assistindo ao meu - pelo que me lembro - terceiro culto da minha vida. Posso estar errada, mas se estiver, pelo menos posso dizer que esses foram os mais marcantes:
Primeiro culto - igreja da minha vizinha, eu era criança, lembro de ter ficado sentada no colo dela durante o culto e lembro que gostei da comida, do espaço e das pessoas mais velhas, porque as crianças não me deram atenção.
Segundo culto - foi com a Ingrid Philigret! Outra amiga minha que sabia de tudo da minha vida e que queria me ajudar. Lembro que gostei do pastor e do culto, não gostei muito do espaço e das pessoas, mas eu também não conseguia ver ninguém ali direito. Fiquei um pouco assustada com as manifestações delas. Ela me explicou tudo e tal, entendi, mas ainda fiquei assustada e pensava "Isso é mesmo necessário?". Porém foi agradável, a ida e a volta foram de carro e eu realmente gosto do que sinto quando estou no carro da mãe da Ingrid (revelação bizarra #1). Depois até fomos fazer um lanche... Não sei se é um tipo de estratégia pra fazer a Diana gostar do dia ou estratégia pra qualquer pessoa gostar do dia ou elas sempre fazem isso mesmo, mas não importa, eu gostei do espaço, do lanche, das pessoas e do vento. 8D
Certo.
Segundo culto/2- eu acho que foi em 2009 nas férias, não lembro bem. Foram Patrick, Jader, Israel e eu. Não conto como marcante, porque lembro que o que mais chamou atenção em mim foi por estar lá com os meus amigos e não pelo culto.
Terceiro culto - Gostei das pessoas (todas), realmente gostei do espaço, do pastor e do culto. Só fiquei um pouco assustada com o barulho e me senti um pouco deslocada porque não sabia as letras das músicas e tinha vergonha de tentar cantar. Eu ficava pensando o tempo todo, analisava tudo que tinha ali: as pessoas, eu mesma, Dafne, a ordem que o culto seguia, tudo. Não sei bem se essa parte era curiosidade ou eu estava fazendo isso como uma espécie de defesa ou então querendo encontrar algum defeito. Só sei que eu estava atenta a todos os detalhes mais do que nunca.
A partir desse culto em diante eu apenas analisava.
Ah, eu to me sentindo bem desse jeito porque eu tô no meio de pessoas boas.
Ah, eu tenho essa esperança, essa vontade de sorrir porque a música alta, as pessoas sorridentes e tudo isso faz eu me sentir assim.
Ah, eu só tenho vontade de levantar a mão porque eu estou sendo levada pelo momento, não estou analisando as coisas direito.
Ah, eu me sinto como uma doente. Sei lá, parece que todos estão curados e só eu estou aqui... infectada.


Chega de "Ah's"!
Sim, foram algumas frases ditas por mim durante o tempo que eu ia pra igreja antes de me converter. Eu estava tentando achar justificativa pra tudo que acontecia comigo! E, de alguma forma, essas justificativas faziam sentido pra mim. Até então eu estava pensando sobre tudo e não sentia nada. Não sabia o que sentir, como sentir. É importante falar de um dia que foi especial para eu me abrir mais um pouco, pra eu me deixar permitir mais um pouco com essas questões. Foi num sábado. Um culto de sábado. Um homem foi pregar. Bem, não lembro bem de tudo o que ele disse, mas sei que absorvi tudo. Só lembro de uma frase, que foi mais ou menos assim: nós temos um vazio no nosso coração, um vazio eterno. Pra esse vazio ser preenchido, nós precisamos de algo eterno também. E esse algo eterno é Deus. Depois disso eu comecei a encarar tudo aquilo de uma outra forma. Até porque o carinha citou textos filosóficos, contou de suas reflexões e eu me identifiquei com ele. Portanto, esse foi um dia muito importante, o dia que eu pude perceber que eu poderia entender tudo aquilo do meu jeito.
Então eu fui a mais uns domingos, fui levando, sempre observando. Estava analisando tudo ainda, mas dessa vez com algo a mais do que apenas curiosidade. Eu já estava admirando. Com o tempo eu estava percebendo que estava aos poucos me entregando de verdade. Só que ao longo desse tempo eu estava me sentindo estranha...me sentia - novamente - uma Maria-vaicomasoutras. Ao mesmo tempo que eu me sentia bem, que eu estava com vontade de me entregar e me sentir assim o resto da vida, eu estava com medo de que depois eu pudesse andar pra trás, com medo de eu descobrir depois que aquilo só aconteceu porque eu estava sendo influenciada pela Dafne e não por mim mesma.
Medo de decepcionar as pessoas, medo de me decepcionar, medo do que as pessoas poderiam pensar de mim. RAPAZ, eu não sabia que tinha tanto medo! Pra mim isso não era medo, pra mim era a Diana, a Diana de sempre antes de tomar decisões! Eu só fui saber que tudo que eu sentia era medo depois de uma história que a Dafne contou pra mim no MSN.
Pois é, uma Diana que descobriu que tinha medo. Ou melhor: medos.
E agora, o que fazer? Bem, se você leu a história, pode imaginar o que eu fiz.
Qual a melhor forma de não ter mais medo? Enfrentando. Foi o que aconteceu, mas não foi pensado, foi acontecendo.
Assim, depois de ter descoberto que eu precisava anunciar para o mundo quando eu estivesse realmente acreditando, eu fiquei com medo, sim, mas tentei não pensar muito nisso. Tentei pensar também como uma coisa boa. Não gosto muito de chamar atenção e isso faria eu chamar atenção, eu sabia disso, mas talvez esse tipo de atenção tivesse de ser necessário para mim. Ah, eu ainda me sentia como se estivesse imitando a Dafne. Tudo que eu fazia eu pensava "A Dafne faria assim?" ou "O que a Dafne pensaria sobre isso?". Depois de uns dias, vencendo muito a minha vergonha, eu resolvi falar com ela sobre isso. Tive uma resposta diferente: ela disse que é normal eu fazer isso e que nós temos de ser imitadores sim, mas de Jesus.
Então eu havia decidido: estava feliz porque eu pensei no princípio de tudo, o imitar, só que, como eu ainda não conhecia Jesus, a única pessoa mais próxima disso pra ser o meu exemplo era a Dafne, isso é natural. Estava aliviada de ter contado e de ter resolvido tudo. Porém, ainda havia uma coisa que precisava ser feita: eu precisava conhecer Jesus.
Certo, retomando tudo, eu sabia que tinha medos e eu sabia que eu tinha de enfrentá-los; eu sabia que tinha de conhecer Jesus; eu sabia que quando eu assumisse um compromisso eu não poderia rompê-lo de nenhuma forma.
Sempre tive um medo sobre compromissos também... Medo de não ser como o esperado. Mas isso tem uma solução: buscar ser sempre o melhor.

18/07 - o dia

Se você nunca teve nenhuma experiência do tipo você não vai entender muito bem o que eu vou escrever sobre esse dia.

Mais um domingo, mais um culto. Vou apresentar a vocês a Diana que estava lá:
uma Diana com esperança, uma Diana que enxergou que não poderia conseguir sozinha, uma Diana que se sentia bem de ir até lá, que se sentia bem só de pensar em Jesus.
Anteriormente eu havia dito que eu precisava conhecer Jesus. Então eu fui até a Bíblia e li um pouco e eu já tive uma paz, eu já me senti bem e já tive uma maior aproximação com o mano JC.
Então, no dia 18, aconteceria lá na igreja um culto direcionado à crianças. Engraçado, porque foi exatamente como eu me senti lá: uma criança.
Se antes eu me sentia infectada, nesse dia eu me sentia alguém que tinha de aprender muito ainda. Tudo o que foi falado no culto, dirigido pela Marilene Vieira, eu havia lido mais cedo na Bíblia. Achei isso engraçado e pensei "SINAIS".
Então, depois quando o culto foi terminando... chegou o momento em que ela perguntou se havia alguém ali que queria aceitar a Jesus.
Bem, eu tinha muita vergonha pra essas coisas, então eu só fiquei parada, quieta, imóvel. Não conseguia me mexer, só explodir. Explodir? Sim, explosão de sentimentos. Eu sabia que eu queria Jesus, então por que eu não levantei? Por quê? Naquele momento eu me senti tão fraca, tão desprezível por não ter levantado... Então eu comecei a chorar. Chorei, chorei. Não conseguia me controlar, não sabia por que eu estava daquele jeito. Eu não estava mais aguentando, eu queria, eu queria, mas não conseguia falar, não conseguia fazer nada, só chorar. Então eu fiquei ali chorando. O culto encerrou e eu chorando. Foi então que a Kharyna me abraçou e eu ouvi a Kharol perguntar "Se converteu?". Foi aí que eu entendi. E então veio a paz, a tranquilidade, a certeza, a segurança. Era isso então o que todos esperavam de mim, era isso que Deus esperava de mim. Uma resposta final, uma manifestação final. Depois disso eu fui recebida com abraços, oramos, falei com pessoas, Dafne e Kharyna choraram junto. Enfim, detalhes... Depois desse dia eu contei pras pessoas mais chegadas o que aconteceu. E foi isso.


"Você fez a melhor decisão da sua vida"


Se você procura por arco-íris, olhe para cima, para o céu. Nunca, jamais, olhe para baixo.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

2010: renascimento - parte um

É, segundo ano do ensino médio chegou. Perdia o fôlego só de pensar em me matar de estudar - mas com a promessa otimista de que iria estudar todos os dias. Oh, que ilusão!
O ano começou tranquilo, alegre, mas um pouco parado. Todos pensando em como 2009 havia sido muito bom e temiam que em 2010 algumas amizades se perdessem ou então as coisas fossem diferentes e mais cansativas. De certo modo, eles (eles quem?) estavam certos.
Comecei o ano feliz, porém decepcionada com mudança de sala, mistura de pessoas de outras turmas formando a minha turma, Lola em outra sala.
Superamos essa última, que bom, então permanecemos na mesma sala: Alana, Ana Beatriz, Dafne, Diana, Lívia e Maria Beatriz. Éramos O grupo, apesar de algumas pessoas estarem mais próximas... Bem, contarei brevemente como foi isso. Lívia e Alana sempre foram as mais chegadas, porém amigas de todas nós do mesmo jeito. Ana começou a se identificar com elas e simultaneamente ocorreram algumas decepções com Beatriz. Beatriz e eu ficamos mais juntas porque Lola, que ela é mais chegada, passou a ficar em outra turma, e eu também era mais chegada à Lola, isso resultou em eu e ela nos unirmos mais.
Aconteceram algumas coisas, algumas tristezas, alguns problemas, algumas desavenças com a Bia e o grupo e eu ali, sempre tentando ajudá-la e as outras meninas também, só que cada um do seu jeito. Eu sabia que ela era muito carente, por isso eu disponibilizava a maior parte do meu tempo na escola pra ela e isso fazia a gente se afastar da outra parte do grupo. Fui considerada melhor amiga, portanto senti mais responsabilidade em ficar cada vez mais cuidando dela.
Com isso, eu, Bia e Loiane passamos a ser um trio. Ana, Lívia e Alana outro e a Dafne ficava no meio, sendo amiga de todas nós, tentando nos ajudar. Isso tudo gerou confusão por pensamentos do meu trio em relação ao outro trio. Tudo isso devido a forma de vida que a Bia escolheu pra ela.
Muitas diferenças, mas eu estava tentando ser cabeça aberta, só que ao mesmo tempo estava perdida por não ter um parâmetro certo, alguma coisa correta pra poder comparar e assim saber como ajudar da melhor forma.
Todas estávamos cientes do silêncio que havia entre nós, Dafne foi a intemediária entre um trio e outro pra poder nos ajudar, simplificar, esclarecer. Resultado: abri o jogo para o outro trio, esclareci, mas antes falei com a Lola e com a Bia sobre isso. Lola concordou comigo, Bia não. Mas eu não deixei de ser amiga das garotas, voltei, pedi desculpas, e decidi que não dedicaria tanto tempo a alguém carente, porque isso poderia piorar tudo. Estava deixando de ser alegre todos os dias, porque consumia a tristeza da minha amiga, que a cada dia vinha mais triste.
Com alguns pensamentos já formados e não esclarecidos na cabeça (dura) de Beatriz, comigo querendo ficar cada vez mais próximo ao outro trio para sorrir, me redimir, e etc, ela acabou ficando destacada, longe de nós, sem falar uma palavra quase. As meninas não tentaram falar nada com medo da reação de Beatriz, pois é, essa nossa amiga é muito explosiva e não mede palavras e nem expressões quando está com raiva. Elas sabiam disso e por isso não quiseram arriscar e isso foi mal interpretado por Beatriz, alegando que "amiga que é amiga não tem medo de falar, tem que falar". O problema é que ela sabia dessa posição das garotas, todas sabíamos e nada era feito, não adiantava de nada. O que faltou aí foi respeito e paciência.

Enfim, depois desse episódio cabuloso, passei a ficar mais próxima ainda da Dafne. Conversávamos, conversávamos, ríamos... Sempre admirei a Dafne, em tudo, claro, quem não admira? Inteligente, dedicada, amorosa, carinhosa, justa, racional na medida certa, original, diferente e, é claro, cabeça dura. Não que isso seja ruim, talvez em algumas coisas sim, mas é muito bom pra não se deixar corromper, influenciar. Como ela mesma diz: se não fosse cabeça dura não seria a Dafne. Assim, imagine uma relação onde ideias e pensamentos são discutidos, comportamentos e pessoas avaliados e certezas sendo firmados. Tudo que eu fazia eu procurava e via se a Dafne se agradava. Ela passou a ser a minha julgadora pessoal. Afinal, ela é a pessoa mais justa e imparcial que eu conheço. Com aquela minha mentalidade fechada, de "não acredito em Deus, isso não existe e se céu existir eu vou estar lá porque não sou uma pessoa ruim", a Dafne, como uma boa discipuladora, se preocupava e tentava me limpar em relação a isso. Passei eu mesma a considerar essa possibilidade: sim, primeiro passo foi a curiosidade. Queria entender como as pessoas que acreditam viviam bem melhores do que as que não acreditam. Sim, você pode reparar que todos os ateus tem uma vida medíocre, está quase sempre pra baixo, geralmente não gosta de quem é ou do que faz, se gosta é porque é algo que valoriza, provavelmente, o seu pensamento, sua inteligência, ou não, dependendo do que a pessoa substitui em sua vida. Se anima com vícios - no meu caso era a comida, continua sendo até hoje, mas está bem menor - pode desenvolver um certo tipo de ira descontrolável ou tristeza. Mas tudo isso depende de como a pessoa é. Enfim, todos os ateus que eu conhecia e conheço são assim, tendem pro lado negro e, o pior de tudo, se CONFORMAM com isso. Conformam-se com a sua vida, com o seu agir, com seus erros, com tudo! Bom, eu estou aqui generalizando, toda generalização tem as suas exceções, você aí que é ateu pode não passar por nada disso, mas uma coisa é certa: não importa o que você faça, você vai SEMPRE se sentir incompleto, vazio. E aí, irmão, esse vazio é perigoso! Esse vazio ele acaba sendo "preenchido" ou pelo menos a tentativa disso. E como você aí não quer ser preenchido por Deus, acaba sendo preenchido, é claro, por coisas ruins. E aí você se pergunta: eu quero essas coisas ruins? Não, ninguém quer, mas como agir? Como proceder? Como saber o que são coisas ruins e boas? É, ao longo desse post e talvez desse blog, você que precisa disso, ou não, saberá das respostas ou pelo menos terá capacidade de desenvolvê-las.
Certo, depois do meu primeiro passo, a curiosidade, eu desenvolvia respostas e conclusões e as apresentava a Dafne que concordava. Então eu pensava "estou no caminho certo". Depois eu passei a pensar no amor. Sim, o amor era a ideia mais próxima de Deus na minha cabeça. Por quê?
Bem, pense no amor, somente no amor. É algo infinito, certo? Algo bom, perfeito em si. Por que alguns relacionamentos não dão certo? Porque envolve o amor + humano e o amor é perfeito, mas o ser humano não. Não vemos o amor, mas sentimos ele. Temos certeza quando é ele agindo em nós, nos sentimos mais animados e esperançosos. Quando esse amor é correspondido, irmão, nós pulamos! Se não fazemos isso, pelo menos o coração faz. Nós precisamos do amor, toda e qualquer pessoa já amou, é algo que nos "ronda", nos envolve, a alguns enlouquece... Então, eu pensei: se eu, Diana, acredito no amor e ele, na minha cabeça, sendo tão parecido com Deus, por que não posso acreditar nEle também?
Se você aí não acredita no amor, olha, você tem um problema sério. Só porque você sofreu desilusões, ou ainda não amou alguém de verdade, isso não significa que o amor não exista e o melhor: não significa que o amor não exista em VOCÊ. A sua família tem amor por você, não importa o que aconteça, eles sempre vão te amar. Se ainda assim você não acredita no amor, rapaz... Eu sugiro MESMO que você pare de pensar e sinta! Por que o amor existe em mim e não pode existir em você? Viemos do mesmo lugar, somos a mesma coisa, ele pode sim existir e pode se manifestar de várias formas, é só sentir.
Certo, depois da minha reflexão sobre o amor e sua ligação com Deus, até mesmo pela famosa frase "Deus é amor", eu passei a, digamos, me desbloquear sobre quando o assunto é Deus. Passei a entender melhor e a não criticar, e sim respeitar. A partir de uma reflexão eu consegui aceitar a ideia de Deus existir. Assim, eu parei pra pensar por que eu não acreditava antes. Quer dizer, com motivos físicos é muito fácil de explicar, mas havia mais alguma coisa: eu tinha que deixar de acreditar em alma, sim, eu realmente acreditei que eu não tinha uma alma. Se tudo fosse apenas terreno, seria assim, sem alma. Então, como explicar tudo o que acontece com a gente sem alma? Difícil. Impossível. Porque, mesmo que você tenha todas as explicações científicas, mesmo assim, você não vai conseguir se sentir melhor, não vai te ajudar em nada. Outro motivo foi quando eu assisti ao filme O Exorcismo de Emily Rose, onde dizia que a garota poderia escolher entre continuar possuída ou ir para o céu. Se ela escolhesse continuar possuída, assim ela mostraria às pessoas que o Diabo existia e assim elas acreditariam que Deus também existe. Bem, eu tomei isso pra minha vida, mas em vez de acreditar no filme, eu passei a pensar "se eu não acreditar em Deus então eu não posso acreditar no Diabo". Até então eu vivia com medo de coisas ruins, mas depois disso eu passei a não ter mais medo e assim achei que estava no caminho certo. Oh, ilusão! Pois é, depois eu aprendi que, como eu já estava no caminho errado, não era necessário que coisas ruins acontecessem pra eu me desviar cada vez mais, pelo contrário, era necessário que coisas supostamente boas acontecessem pra que eu me firmasse mais e mais nesse caminho. É assim que acontece, você acaba fazendo as suas coisas ruins e tendo ilusões também.
Então, lá estava a Diana, com bons pensamentos, mente desbloqueada, curiosa e sentindo que estava melhorando. Com mais e mais conversas, dúvidas, reflexões, ajudas com a Dafne, eu passei a pensar que aquilo realmente era viável e eu queria mesmo sentir o que todas as pessoas falam que sentem quando vão à igreja. Aí está outro ponto, em 2008 eu fui incentivada a experimentar de todas as sensações possíveis e ainda carrego isso comigo hoje, de forma saudável agora. Então eu queria experimentar esse tipo de sensação, de quando se está na igreja e tal. Por isso passei a querer frequentar a igreja da Dafne. Em busca de querer entender, digamos que eu era motivada à curiosidade mesmo.

Aguarde pela segunda parte, isso vai ficar enorme e a Dafne disse pra eu dividir porque ela adora dividir histórias, então é isso.

terça-feira, 27 de julho de 2010

2009: um dos melhores anos da minha vida

Bem, lá estava a Diana, de 15 anos, indo para a escola no seu primeiro dia de aula. Aquele medo, aquele nervoso que eu não sentia há tempos. "São muito mais inteligentes do que eu"; "Quanta gente metida"; "Hm, aquela parece legal"; "Que dia chato"; "Quero voltar pro Santa Maria"; "Não considero meu colégio".
Essas foram as frases que eu pensava durante os primeiros dias e por que não primeiros meses que eu estudei no Pedro II. Conhecia algumas pessoas, mas não estava muito afim de conhecer mais. Achava que sabia tudo de todos, porém o ano foi me revelando que não era bem assim. No início eu ia de Nilopolitana, depois eu passei a ir de 109. Bem, a partir daí eu comecei a me sentir em um grupo de novas amizades. Paralelamente à escola eu tinha o meu grupo de amigas do Santa Maria que, por alguma razão, todas se uniram e eu passei a me unir também. Com isso foi descoberto um novo mundo, que se tornaria o gosto universal do nosso grupo: a linda, amada e simpática Coréia do Sul! Não éramos um grupo de gostar do estilo POP, na verdade só gostávamos mesmo dos olhinhos puxados, mas depois de um tempo isso começou a virar uma febre. Os encontros, as conversas, tudo era direcionado a isso. Claro, sabíamos conversar sobre outro assunto, mas o que animava e agitava mesmo era a Coréia.

Na primeira metade do ano as minhas amizades eram focadas em: meninas do Santa Maria e meninas do Pedro II. Porém, no Pedro II, a minha amiga mais próxima era a Lola. Ela é muito cabeça aberta e eu gosto de expor opiniões, e ela sempre as ouvia e as aceitava também. Loiane tem o melhor ouvido de magé! Essa aí escuta tudo, ajuda em tudo! Bem, tinha a Dafne... Essa aí tinha alguma coisa que me deixava inquieta. Não sei, eu gostei dela no início, achei simpática, mas depois ela com as coisas de chorar, ficar triste e não falar o que era me deixava nervosa e ela era mal interpretada por mim. Sim, eu ainda tinha aquela mentalidade de "meus pensamentos acima de tudo" e "não acredito em Deus, nem vem". Já a Dafne era bem o contrário, afinal, tem pessoa mais carinhosa e amável que ela? Enfim, na segunda metade do ano passado eu passei a olhar com olhos diferentes pra ela. Não sei, antes eu a achava muito exagerada com as suas coisas, achava que queria se mostrar sabichona e com personalidade. Bem, mais tarde eu percebi que ela É sabichona e TEM personalidade, ela só demonstra isso verdadeiramente e eu ficava interpretando mal. Com isso, admirando aos poucos e tentando entender mais e mais a Dafne, eu passei a querer saber sobre ela, seus valores, seus pensamentos e etc. Com isso a minha cabeça foi abrindo cada vez mais, até porque eu admirava muito a Loiane ser cabeça aberta, então eu fui praticando isso. Assim, nós viramos amigas e depois mais amigas.

Então, 2009 foi o ano em que eu vi que era aquele o meu colégio, era aquela a vida que eu queria, dei valor às minhas amizades fora e dentro do colégio, me diverti, ri, estudei, chorei, me envergonhei. Foi o ano das descobertas e da curiosidade. Estava mais "maleável" e uma pessoa melhor e com uma amiga muito preciosa, a Dafne.

Próximo post será sobre 2010... Como eu ainda estou vivendo esse ano, contarei as coisas com mais detalhes. Obrigada por ler até aqui, raro leitor.

Um ano, um passado

Bem, 2008 foi o ano e é passado porque é. Bem, foi um ano de muitas emoções, o ano que, vivendo, parecia só mais um com seus valores, mas agora vendo, foi um ano importante para algumas considerações minhas atuais. Não me arrependo de ter vivido o que vivi, porque acho que sou daquelas pessoas que aprendem sentindo e não sendo avisada, mas me arrependo de ter pensado que todos os meus dias seriam exatamente como os dias daquele ano. Bobeira pensar que aquelas coisas eram certezas... Enfim, passei por um ano que seria o ano de "quebrar as regras". Matei aula, deixei de acreditar em Deus, estava sendo radical, cabeça fechada, bebi e fumei, ouvia músicas sem questionar sua origem, ia pra lugares que nunca pensei frequentar, vivia destemida, fazia coisas que me davam na telha, não liguei pros estudos, não me importava com as pessoas. Escrevendo isso agora posso ver o quanto eu fui egoísta e essa é a pior coisa que alguém pode ser. Claro que todos nós somos e em algumas vezes temos de ser egoístas, mas isso não justifica que temos que gostar de sermos assim. Eu, sinceramente, tenho vergonha desse ano. Tudo bem, ele serviu pra eu aprender a pensar e graças a isso eu posso hoje conduzir bem o meu pensamento, mas eu não gosto de lembrar dele e não gostaria de vivê-lo novamente. Algumas coisas foram boas, é claro. Uma coisa boa foram as amizades que hoje eu tenho. Outra coisa boa foi que nesse ano uma pessoa foi muito importante pra mim e por causa dela, talvez, eu não tenha piorado ao longo do ano. Ele era meu melhor amigo, me dava bons conselhos e despertava o melhor de mim naquela época. Claro que eu acabei desenvolvendo um sentimento especial por ele, mas essa foi uma história sofrida, mas que gosto de ter, apesar do fato de não nos falarmos muito hoje em dia porque ele está distante, em outro estado, e também ele mesmo disse que não seria mais a mesma coisa depois.

Bem, nesse ano, com essas atitudes e pensamentos, eu tive amigos desse jeito e passei a gostar de pessoas assim também. Além da pessoa citada acima também teve uma outra pessoa que eu gostei, que eu admirava, mas pensando bem hoje, eu tenho compaixão apenas. Ele era ateu, só que muito mais radical, desrespeitava a tudo e a todos. Uma má pessoa, de verdade. Eu estava desistindo oficialmente da minha antiga paixão e precisava de algo para esquecê-la, era muito fraca pra esquecer sozinha. Apelei pra essa pessoa, que mora em outro estado... Sabia que não poderia vê-la, assim era mais fácil. Trocamos cartas, as minhas eram verdadeiras, atrapalhadas, bobinhas, mas verdadeiras. As dele eram pensadas, arquitetadas, planejadas, impecáveis, porém mentirosas. O engraçado é que eu desconfiava exatamente disso, eu sabia que tudo era mentira, que ele tava querendo brincar comigo, mas eu não ligava, estava cega e desesperada.

No final do ano e início de 2009 eu me libertei de tudo, deixando tudo pra trás, tentando manter as amizades, talvez nem tanto por causa da aversão que criei sobre tudo que me lembrava 2008.
Ok, eu não me libertei de tudo, eu me libertei de tudo fisicamente. Fiz prova pro Pedro II novamente, passei, saí do colégio que me prejudicava e mesmo sem perceber decidi ter uma vida nova, uma conduta nova, mas não sabia como agir.

Ok, o próximo post será sobre 2009, se eu conseguir lembrar...

Nunca gostei de escolher títulos e nunca dei atenção a eles também

Bem, começando por uma apresentação: meu nome é Diana, 17 anos, não costumo fazer planejamentos porque tudo o que eu penso antes eu não gosto, não acho o suficiente, por isso prefiro fazer logo pra ver o que sai ou então pra pelo menos sair alguma coisa. Não gosto mesmo de blogs meus, admiro quem consegue escrever, porque eu não consigo. Já tive muitos e muitos "primeiros posts" já tiveram "eu já tive muitos blogs" neles... Vejo as pessoas escrevendo sobre elas mesmas, sobre temas, sobre um tema específico... Não consigo isso, não consigo mesmo, mas estou aqui para tentar, seja lá o que pode sair. Tenho medo de fazer blog, de que as pessoas descubram ele e de que as pessoas leiam. Por quê? Porque tenho medo de que as pessoas vejam que não, não sou inteligente, não, não consigo escrever bem, sim, tenho erros de concordância, sim, tenho muitos medos. Essa é uma outra meta da minha vida: eliminar os medos. Pra isso eu preciso descobri-los e querer mudar também, porque até então eu não quero mudar esses medos que eu citei, porque eu sei que eu não sou inteligente, não escrevo bem e, enfim, quando você me descobrir totalmente você vai dizer "Nossa, então era isso?Esperei tanto tempo pra isso?". É, é isso mesmo que você vai dizer. Você pode ter percebido que no início eu coloquei "apresentação", mas isso aqui já não é mais uma apresentação, agora você percebeu como eu realmente não sou boa em escrever e como eu não planejei nada disso. Você pode pensar também "ah, se ela percebeu isso agora, por que não mudou e continua escrevendo?" Ah, isso é só pra você ver que eu realmente sou o que eu falo. Mas ok, não quero fazer disso um texto de "10 coisas que eu odeio em mim mesma", não gosto dessas coisas. Claro que existem coisas que eu admiro em mim mesma, como... Bem, talvez o querer mudar e querer fazer sempre o melhor. Mas o que acontece quando tudo que eu acho que eu estou sendo ou que quero ser, na verdade, eu não consigo? Aí, rapaz, sai da frente, porque é aí a minha maior tristeza! O meu maior medo! Sim, muito medo de me decepcionar... Quando eu decepciono as pessoas eu me decepciono e lá vou eu pro fundo, temido e atraente poço da tristeza... Digo atraente porque muita gente gosta de ficar triste. Sim, muita gente gosta... Não sei, uma tentativa de chamar atenção... Ou então esse seja o curso natural do ser humano. Tendemos à tristeza assim como tendemos à alegria. Ah, espera aí, será que não tendemos à tristeza mais do que à alegria? Bem, por que é tão fácil dizer que está triste e tão difícil dizer que está feliz? Bem, pode ser bobo, mas quando pensamos em tristeza, pensamos em queda, como se estivéssemos no chão... E do chão não temos como passar, certo? Quando pensamos em felicidade, pensamos em algo além, alto, no ar... O que é bem mais difícil de manter. Sim, a lei da gravidade está aí, tendemos à cair, temos que cair... Será isso uma coisa que realmente acontece ou será que está tão preso às nossas mentes por culpa de todo o nosso histórico social? Bem, se você ler a primeira frase desse post e voltar pra a leitura verá como eu sou desorganizada e a minha cabeça não para de pensar coisas. Agora, parando pra pensar, não sei mesmo como finalizar essa postagem, na verdade eu nem quero... Quero continuar escrevendo coisas que vêm à minha cabeça... E como eu quero AGITAR esse blog vou escrever MIL posts. Bem, talvez, se eu me animar... Agora, como eu vou finalizar isso... hmm, tchau.