terça-feira, 27 de julho de 2010

Um ano, um passado

Bem, 2008 foi o ano e é passado porque é. Bem, foi um ano de muitas emoções, o ano que, vivendo, parecia só mais um com seus valores, mas agora vendo, foi um ano importante para algumas considerações minhas atuais. Não me arrependo de ter vivido o que vivi, porque acho que sou daquelas pessoas que aprendem sentindo e não sendo avisada, mas me arrependo de ter pensado que todos os meus dias seriam exatamente como os dias daquele ano. Bobeira pensar que aquelas coisas eram certezas... Enfim, passei por um ano que seria o ano de "quebrar as regras". Matei aula, deixei de acreditar em Deus, estava sendo radical, cabeça fechada, bebi e fumei, ouvia músicas sem questionar sua origem, ia pra lugares que nunca pensei frequentar, vivia destemida, fazia coisas que me davam na telha, não liguei pros estudos, não me importava com as pessoas. Escrevendo isso agora posso ver o quanto eu fui egoísta e essa é a pior coisa que alguém pode ser. Claro que todos nós somos e em algumas vezes temos de ser egoístas, mas isso não justifica que temos que gostar de sermos assim. Eu, sinceramente, tenho vergonha desse ano. Tudo bem, ele serviu pra eu aprender a pensar e graças a isso eu posso hoje conduzir bem o meu pensamento, mas eu não gosto de lembrar dele e não gostaria de vivê-lo novamente. Algumas coisas foram boas, é claro. Uma coisa boa foram as amizades que hoje eu tenho. Outra coisa boa foi que nesse ano uma pessoa foi muito importante pra mim e por causa dela, talvez, eu não tenha piorado ao longo do ano. Ele era meu melhor amigo, me dava bons conselhos e despertava o melhor de mim naquela época. Claro que eu acabei desenvolvendo um sentimento especial por ele, mas essa foi uma história sofrida, mas que gosto de ter, apesar do fato de não nos falarmos muito hoje em dia porque ele está distante, em outro estado, e também ele mesmo disse que não seria mais a mesma coisa depois.

Bem, nesse ano, com essas atitudes e pensamentos, eu tive amigos desse jeito e passei a gostar de pessoas assim também. Além da pessoa citada acima também teve uma outra pessoa que eu gostei, que eu admirava, mas pensando bem hoje, eu tenho compaixão apenas. Ele era ateu, só que muito mais radical, desrespeitava a tudo e a todos. Uma má pessoa, de verdade. Eu estava desistindo oficialmente da minha antiga paixão e precisava de algo para esquecê-la, era muito fraca pra esquecer sozinha. Apelei pra essa pessoa, que mora em outro estado... Sabia que não poderia vê-la, assim era mais fácil. Trocamos cartas, as minhas eram verdadeiras, atrapalhadas, bobinhas, mas verdadeiras. As dele eram pensadas, arquitetadas, planejadas, impecáveis, porém mentirosas. O engraçado é que eu desconfiava exatamente disso, eu sabia que tudo era mentira, que ele tava querendo brincar comigo, mas eu não ligava, estava cega e desesperada.

No final do ano e início de 2009 eu me libertei de tudo, deixando tudo pra trás, tentando manter as amizades, talvez nem tanto por causa da aversão que criei sobre tudo que me lembrava 2008.
Ok, eu não me libertei de tudo, eu me libertei de tudo fisicamente. Fiz prova pro Pedro II novamente, passei, saí do colégio que me prejudicava e mesmo sem perceber decidi ter uma vida nova, uma conduta nova, mas não sabia como agir.

Ok, o próximo post será sobre 2009, se eu conseguir lembrar...

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