segunda-feira, 9 de agosto de 2010

2010: renascimento - parte dois

Eu sei que muitos estavam ansiosos pela continuação e eu sei que eu demorei, mas felizmente isso não significa que eu abandonei! AE!

Continuando, eu estava lá, assistindo ao meu - pelo que me lembro - terceiro culto da minha vida. Posso estar errada, mas se estiver, pelo menos posso dizer que esses foram os mais marcantes:
Primeiro culto - igreja da minha vizinha, eu era criança, lembro de ter ficado sentada no colo dela durante o culto e lembro que gostei da comida, do espaço e das pessoas mais velhas, porque as crianças não me deram atenção.
Segundo culto - foi com a Ingrid Philigret! Outra amiga minha que sabia de tudo da minha vida e que queria me ajudar. Lembro que gostei do pastor e do culto, não gostei muito do espaço e das pessoas, mas eu também não conseguia ver ninguém ali direito. Fiquei um pouco assustada com as manifestações delas. Ela me explicou tudo e tal, entendi, mas ainda fiquei assustada e pensava "Isso é mesmo necessário?". Porém foi agradável, a ida e a volta foram de carro e eu realmente gosto do que sinto quando estou no carro da mãe da Ingrid (revelação bizarra #1). Depois até fomos fazer um lanche... Não sei se é um tipo de estratégia pra fazer a Diana gostar do dia ou estratégia pra qualquer pessoa gostar do dia ou elas sempre fazem isso mesmo, mas não importa, eu gostei do espaço, do lanche, das pessoas e do vento. 8D
Certo.
Segundo culto/2- eu acho que foi em 2009 nas férias, não lembro bem. Foram Patrick, Jader, Israel e eu. Não conto como marcante, porque lembro que o que mais chamou atenção em mim foi por estar lá com os meus amigos e não pelo culto.
Terceiro culto - Gostei das pessoas (todas), realmente gostei do espaço, do pastor e do culto. Só fiquei um pouco assustada com o barulho e me senti um pouco deslocada porque não sabia as letras das músicas e tinha vergonha de tentar cantar. Eu ficava pensando o tempo todo, analisava tudo que tinha ali: as pessoas, eu mesma, Dafne, a ordem que o culto seguia, tudo. Não sei bem se essa parte era curiosidade ou eu estava fazendo isso como uma espécie de defesa ou então querendo encontrar algum defeito. Só sei que eu estava atenta a todos os detalhes mais do que nunca.
A partir desse culto em diante eu apenas analisava.
Ah, eu to me sentindo bem desse jeito porque eu tô no meio de pessoas boas.
Ah, eu tenho essa esperança, essa vontade de sorrir porque a música alta, as pessoas sorridentes e tudo isso faz eu me sentir assim.
Ah, eu só tenho vontade de levantar a mão porque eu estou sendo levada pelo momento, não estou analisando as coisas direito.
Ah, eu me sinto como uma doente. Sei lá, parece que todos estão curados e só eu estou aqui... infectada.


Chega de "Ah's"!
Sim, foram algumas frases ditas por mim durante o tempo que eu ia pra igreja antes de me converter. Eu estava tentando achar justificativa pra tudo que acontecia comigo! E, de alguma forma, essas justificativas faziam sentido pra mim. Até então eu estava pensando sobre tudo e não sentia nada. Não sabia o que sentir, como sentir. É importante falar de um dia que foi especial para eu me abrir mais um pouco, pra eu me deixar permitir mais um pouco com essas questões. Foi num sábado. Um culto de sábado. Um homem foi pregar. Bem, não lembro bem de tudo o que ele disse, mas sei que absorvi tudo. Só lembro de uma frase, que foi mais ou menos assim: nós temos um vazio no nosso coração, um vazio eterno. Pra esse vazio ser preenchido, nós precisamos de algo eterno também. E esse algo eterno é Deus. Depois disso eu comecei a encarar tudo aquilo de uma outra forma. Até porque o carinha citou textos filosóficos, contou de suas reflexões e eu me identifiquei com ele. Portanto, esse foi um dia muito importante, o dia que eu pude perceber que eu poderia entender tudo aquilo do meu jeito.
Então eu fui a mais uns domingos, fui levando, sempre observando. Estava analisando tudo ainda, mas dessa vez com algo a mais do que apenas curiosidade. Eu já estava admirando. Com o tempo eu estava percebendo que estava aos poucos me entregando de verdade. Só que ao longo desse tempo eu estava me sentindo estranha...me sentia - novamente - uma Maria-vaicomasoutras. Ao mesmo tempo que eu me sentia bem, que eu estava com vontade de me entregar e me sentir assim o resto da vida, eu estava com medo de que depois eu pudesse andar pra trás, com medo de eu descobrir depois que aquilo só aconteceu porque eu estava sendo influenciada pela Dafne e não por mim mesma.
Medo de decepcionar as pessoas, medo de me decepcionar, medo do que as pessoas poderiam pensar de mim. RAPAZ, eu não sabia que tinha tanto medo! Pra mim isso não era medo, pra mim era a Diana, a Diana de sempre antes de tomar decisões! Eu só fui saber que tudo que eu sentia era medo depois de uma história que a Dafne contou pra mim no MSN.
Pois é, uma Diana que descobriu que tinha medo. Ou melhor: medos.
E agora, o que fazer? Bem, se você leu a história, pode imaginar o que eu fiz.
Qual a melhor forma de não ter mais medo? Enfrentando. Foi o que aconteceu, mas não foi pensado, foi acontecendo.
Assim, depois de ter descoberto que eu precisava anunciar para o mundo quando eu estivesse realmente acreditando, eu fiquei com medo, sim, mas tentei não pensar muito nisso. Tentei pensar também como uma coisa boa. Não gosto muito de chamar atenção e isso faria eu chamar atenção, eu sabia disso, mas talvez esse tipo de atenção tivesse de ser necessário para mim. Ah, eu ainda me sentia como se estivesse imitando a Dafne. Tudo que eu fazia eu pensava "A Dafne faria assim?" ou "O que a Dafne pensaria sobre isso?". Depois de uns dias, vencendo muito a minha vergonha, eu resolvi falar com ela sobre isso. Tive uma resposta diferente: ela disse que é normal eu fazer isso e que nós temos de ser imitadores sim, mas de Jesus.
Então eu havia decidido: estava feliz porque eu pensei no princípio de tudo, o imitar, só que, como eu ainda não conhecia Jesus, a única pessoa mais próxima disso pra ser o meu exemplo era a Dafne, isso é natural. Estava aliviada de ter contado e de ter resolvido tudo. Porém, ainda havia uma coisa que precisava ser feita: eu precisava conhecer Jesus.
Certo, retomando tudo, eu sabia que tinha medos e eu sabia que eu tinha de enfrentá-los; eu sabia que tinha de conhecer Jesus; eu sabia que quando eu assumisse um compromisso eu não poderia rompê-lo de nenhuma forma.
Sempre tive um medo sobre compromissos também... Medo de não ser como o esperado. Mas isso tem uma solução: buscar ser sempre o melhor.

18/07 - o dia

Se você nunca teve nenhuma experiência do tipo você não vai entender muito bem o que eu vou escrever sobre esse dia.

Mais um domingo, mais um culto. Vou apresentar a vocês a Diana que estava lá:
uma Diana com esperança, uma Diana que enxergou que não poderia conseguir sozinha, uma Diana que se sentia bem de ir até lá, que se sentia bem só de pensar em Jesus.
Anteriormente eu havia dito que eu precisava conhecer Jesus. Então eu fui até a Bíblia e li um pouco e eu já tive uma paz, eu já me senti bem e já tive uma maior aproximação com o mano JC.
Então, no dia 18, aconteceria lá na igreja um culto direcionado à crianças. Engraçado, porque foi exatamente como eu me senti lá: uma criança.
Se antes eu me sentia infectada, nesse dia eu me sentia alguém que tinha de aprender muito ainda. Tudo o que foi falado no culto, dirigido pela Marilene Vieira, eu havia lido mais cedo na Bíblia. Achei isso engraçado e pensei "SINAIS".
Então, depois quando o culto foi terminando... chegou o momento em que ela perguntou se havia alguém ali que queria aceitar a Jesus.
Bem, eu tinha muita vergonha pra essas coisas, então eu só fiquei parada, quieta, imóvel. Não conseguia me mexer, só explodir. Explodir? Sim, explosão de sentimentos. Eu sabia que eu queria Jesus, então por que eu não levantei? Por quê? Naquele momento eu me senti tão fraca, tão desprezível por não ter levantado... Então eu comecei a chorar. Chorei, chorei. Não conseguia me controlar, não sabia por que eu estava daquele jeito. Eu não estava mais aguentando, eu queria, eu queria, mas não conseguia falar, não conseguia fazer nada, só chorar. Então eu fiquei ali chorando. O culto encerrou e eu chorando. Foi então que a Kharyna me abraçou e eu ouvi a Kharol perguntar "Se converteu?". Foi aí que eu entendi. E então veio a paz, a tranquilidade, a certeza, a segurança. Era isso então o que todos esperavam de mim, era isso que Deus esperava de mim. Uma resposta final, uma manifestação final. Depois disso eu fui recebida com abraços, oramos, falei com pessoas, Dafne e Kharyna choraram junto. Enfim, detalhes... Depois desse dia eu contei pras pessoas mais chegadas o que aconteceu. E foi isso.


"Você fez a melhor decisão da sua vida"


Se você procura por arco-íris, olhe para cima, para o céu. Nunca, jamais, olhe para baixo.

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